quarta-feira, 18 de julho de 2012

Depois de SP,Rio recebe exposição de Alberto Giacometti

Mostra abre para o público nesta quarta-feira(18),no MAM

Depois de São Paulo,o Rio recebe uma grande exposição com obras do artista suíço Alberto Giacometti.
São mais de duzentas obras do artista que é considerado um dos maiores do século XX.O acervo conta com esculturas,desenhos e gravuras.


PERCURSO DA EXPOSIÇÃO

A exposição será dividida em 14 módulos: “O ateliê fotografado”, “Uma mulher como uma árvore, uma cabeça como uma pedra”, “Objetos”, “Uma juventude passada no ateliê”, “O encontro com as artes primitivas”, “A experiência surrealista”, “O que é uma cabeça? As dimensões da representação”, “Monumento”, “Paisagens”, “Cinqüenta anos de gravura”, “Fragmentos e visões”, “O último modelo”, “Retratos” e “Em torno de Jean-Paul Sartre”. Todas os espaços expositivos se articulam em torno de obras emblemáticas.

No Foyer, estará “O ateliê fotografado”, onde o público poderá ver fotos do artista, que desde sua infância foi fotografadoem ateliês. Inicialmentena escadaria do estúdio do pai, em Stampa, na Suíça. Anos depois, seu ateliê em Paris, no qual se instalou em 1926, e que fascinava os fotógrafos por seu aspecto boêmio e acúmulo poético, que se tornará a marca de Giacometti. Nesse módulo, há fotos mais íntimas feitas por amigos, como Ernst Scheidegger (1923), e que só foram publicadas depois de sua morte, modificando profundamente a imagem que ele desejara dar de si mesmo e de seu ateliê. O ateliê de Giacometti, no sentido amplo, era também Paris: bares noturnos e cafés, ruas, bordéis e monumentos, temas reunidos em seu último livro, Paris sans fin [Paris sem fim]. Neste mesmo espaço será apresentado o filme “O que é uma cabeça? Ou a passagem do tempo” (2001) que narra a trajetória de Giacometti.

No segundo andar, no Espaço Monumental, estarão os módulos “Monumento”, onde serão apresentadas esculturas de grandes dimensões como “Mulher de Veneza” (1956) e “Homem caminhando” – que integra o importante conjunto concebido para o projeto do Chase Manhattan Plaza,em Nova York, em 1960 – e “Uma mulher como uma árvore, uma cabeça como uma pedra”, onde serão apresentadas, entre outras, as esculturas “Quatro mulheres sobre base” e as “Quatro figurinhas sobre pedestal”, onde as figuras femininas em pé são silhuetas alusivas, às vezes reduzidas a um traço, e sempre abordadas por etapas sucessivas que se traduzem por séries.

No espaço que fica ao lado do Espaço Monumental, embaixo da escada, estarão os módulos: “O encontro com as artes primitivas”, “A experiência surrealista” e “O que é uma cabeça? As dimensões da representação”. O primeiro é dedicado à influência da escultura da África e da Oceaniaem Giacometti. Dentreos destaques deste módulo estão as esculturas “Mulher colher” e “O casal”, ambas expostas em 1927, no Salon des Tuilleries, em Paris, que revelam a inquietação que a arte primitiva produziu no jovem artista. O segundo será dedicado à adesão do artista ao movimento surrealista de André Breton (1896-1966), em 1931, e seu rápido destaque como um de seus raros escultores. Os destaques desta sala são: “Cabeça que olha”, obra que fez com que ele fosse notado pelo grupo em 1929; “Mulher caminhando”, de 1932, concebida como um manequim para a importante exposição surrealista, de 1933 – apresentada aqui na versão sem braços e cabeça – e uma versão pintada da construção sobre plataforma “O palácio às 4 horas da manhã”, que evoca o aspecto teatral de seu universo onírico. O terceiro módulo será dedicado à questão da cabeça humana, o objeto central da pesquisa de Giacometti durante toda sua vida e o motivo de sua exclusão do grupo surrealista em 1935. Para ele, nessa época, a representação de uma cabeça, que parecia um tema banal, estava longe de estar resolvida. Entre os destaques neste módulo está “Cabeçacrânio”, de 1934.

No espaço seguinte, o 2.2, estará o módulo “Objetos”, cujas peças de arte decorativa mostram o interesse de Giacometti por objetos utilitários, que admirava nas sociedades antigas e primitivas. Em 1931, criou uma nova tipologia de esculturas, os “objetos móveis e mudos”: são peças que sugerem um movimento latente, executadasem madeira. Dentreos destaques estão “Objeto desagradável”, o “Objeto desagradável a ser descartado”, e a “Bola suspensa”, que cria uma ponte entre o objeto e a escultura e questiona o próprio status da obra de arte.

No 2.3, estará “Uma juventude passada no ateliê”, dedicada às obras de juventude do artista (1901-1921) e às primeiras esculturas feitas em Paris (1922-1928). Os destaques são a primeira pintura a óleo, “Natrureza-morta com maçãs”, feita aos 14 anos de idade no ateliê suíço de seu pai Giovanni, pintor impressionista, que está exposta com seu primeiro busto esculpido, “Cabeça de Diego sobre base”, 1914-1915. Asala apresenta também retratos de Giacometti feitos por seu pai e por seu padrinho, o pintor simbolista Cuno Amiet (1868-1961), duas figuras essenciais no desenvolvimento artístico do jovem Alberto.

No terceiro andar, logo que o visitante subir a escada, estará o módulo “Paisagens”, que evoca o sistema de equivalências de Giacometti entre a figura humana e a natureza: os bustos são montanhas, as figuras em pé são árvores, as cabeças são pedras. Sob a luz do sol, a montanha parece vibrar com uma pulsação que se assemelha a respiração. O homem, tal como a árvore, vive em processo de crescimento contínuo e morte. Os destaques são: “Porta do jazigo da família Kaufmann” e “Busto de Homem”, ambas de 1956.

Seguindo pelo corredor do terceiro andar, o visitante terá o módulo “Cinqüenta anos de gravura”. Giacometti fez suas primeiras xilogravuras ao lado de seu pai, quando ainda era um colegial. Ao longo de sua vida, praticou todas as técnicas de impressão: xilogravura, buril, água-forte, água-tinta e, principalmente, litografia.

Ainda no corredor, logo adiante estará “Fragmentos e visões”, dedicada ao fragmento como evocação do todo, e ao surgimento de uma visão no espaço do espectador. Perseguido por visões de cabeças suspensas no vazio, ele se empenha em traduzi-las em escultura, reforçando sua impressão de que a vida está nos olhos. Dessa época, ele declara: “Não posso, simultaneamente, ver os olhos, as mãos e os pés de uma pessoa que está a dois ou três metros diante de mim, mas a única parte que olho acarreta a sensação da existência do todo”. Dentre os destaques está “Cabeça sobre uma haste”, de 1947.

Seguindo pelo terceiro andar, o visitante terá uma sala com os módulos “O último modelo”, que reúne as três versões do busto de Eli Lotar, o último modelo masculino de Giacometti, e “Retratos”, com destaque para os retratos de sua esposa Annette e de Rita, a cozinheira de sua mãe.

Na última sala estará o módulo “Em torno de Jean-Paul Sartre”, que lembra a importância das trocas de Giacometti com o intelectual Jean-Paul Sartre (1905-1980), que conheceu em 1941. Os destaques dessa sala são: “Grande cabeça delgada”, de 1954, e “Busto de homem sobre base dupla”, c. 1948-1949


Local:MAM(Museu de Arte Moderna)-Av.Infante Dom Henrique,85-Parque do Flamengo
De 18 de julho a 9 de setembro de 2012
De terça a sexta,das 12h às 18h
sábado,domingo e feriado,das 12h às 19h

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